O Brasil possui a terceira população jovem mais religiosa do mundo, segundo estudo da consultoria alemã Bertelsmann Stiftung: pelo menos 95% dos brasileiros entre 18 e 29 anos declararam que seguem uma religião. Esse índice coloca o País entre os mais religiosos do planeta – estamos apenas atrás da Nigéria e da Guatemala. Marrocos e Indonésia (países muçulmanos) têm os mesmos índices do Brasil (predominantemente católico). Os jovens brasileiros também estão entre os que mais rezam: 74% declararam fazê-lo diversas vezes ao dia, embora um terço deles tenha admitido que não vive totalmente de acordo com os preceitos da religião.
Essa é a realidade social brasileira e mundial: muito se fala sobre religião, muitos dizem viver uma fé, mas poucos são os que efetivamente praticam aquilo que afirmam viver. Na minha opinião, esse é um dos grandes problemas das religiões. Fico pensando se, na época de Jesus, os doze discípulos e posteriormente outros que se uniram à fé apostólica fossem cristão não-praticantes o que seria do cristianismo hoje. Certamente não existiria. Uma religião sem prática é morta em si mesma, destituída de sentido, restrita a formalismos e ritualismos. Essa questão de não viver totalmente os preceitos da religião é subjetiva, mas demonstra que o que se busca efetivamente é uma religião livre de qualquer comprometimento. Bem diferente do que Cristo ensinou aqui, ao falar em abnegação, renúncia ao mundo e ao que é terreno.
Revista IstoÉ, semana de julho de 2008.
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